Desenvolvimento Organizacional

Saiba tudo sobre o assessment e como utilizá-lo

22/04/2019

Você já parou para pensar em quanto uma gestão profissional eficaz é importante para extrair o melhor de seus colaboradores? O assessment é uma metodologia que tem ganhado força no mundo corporativo, dados os seus propósitos.

Neste artigo, você aprenderá mais sobre a técnica, suas principais aplicações e relação com o recrutamento e seleção de profissionais. Confira!

O que é assessment?

O assessment pode ser definido e interpretado de diferentes maneiras: financeiro, educacional ou psicológico. É em relação a esse último caso que podemos definir o sistema avaliativo dentro do RH.

Ele é método sistemático que trabalha na coleta de dados a fim de avaliar o comportamento, o conhecimento e as competências do time de uma organização, seguida de uma orientação. O principal objetivo é conhecer mais profundamente os colaboradores.

Ao aplicar a técnica de assessment, é possível chegar a um diagnóstico sobre o verdadeiro potencial de um profissional. Considerando o contexto atual, em que as organizações são mais voláteis e passam por mudanças constantes, sua aplicação é essencial. Isso dá à companhia embasamento para entender a capacidade de cada indivíduo de enfrentar os desafios impostos pelo mercado.

O surgimento do assessment

A criação da técnica de assessment está ligada ao pós-guerra, mais especificamente à Segunda Guerra Mundial, quando o exército alemão adotou métodos desenvolvidos por seus psicólogos a fim de avaliar o potencial de soldados a serem contratados para promover o exército.

No caso do mundo corporativo, a primeira organização que o utilizou foi a AT&T. Ela queria selecionar candidatos para preencherem posições gerenciais, garantindo assim a opção mais alinhada às suas necessidades.

Quais são os 3 tipos de assessment e sua aplicação em RH?

Existem diferentes formas de avaliação às quais a técnica de assessment se aplica. Enquanto algumas focam no perfil pessoal, usando dados da personalidade, outras estão voltadas ao alinhamento entre os objetivos do colaborador e os da organização. Já outras se voltam para a avaliação de prontidão e potencial. Confira mais sobre elas a seguir!

Análise de preferências pessoais

Um determinado estilo de trabalho é impactado pelas preferências pessoais, o que reflete diretamente na produtividade e na satisfação no ambiente profissional. Por isso, é fundamental a aplicação das avaliações de preferências pessoais.

Por meio dela, a organização consegue entender traços da personalidade do profissional e seu nível de preparo para determinadas funções. Ela também consegue ter acesso ao o fit cultural que a pessoa tem em relação à organização. Afinal, disparidades entre a personalidade do indivíduo e o que a organização prega não são favoráveis para ambas as partes.

Análise de qualificação para uma função

Nesse caso, são feitas análises que buscam traçar as características intelectuais do indivíduo. Isso será a base para que o RH consiga identificar a capacidade do profissional de desempenhar funções de acordo com suas características e de avaliar se a posição que ele ocupa é condizente com que ele apresenta comportamentalmente.

Saber fazer a distinção dos traços comportamentais diminui as chances de a organização subutilizar um colaborador. Ou seja, de desenvolver a pessoa, a ponto de ela conseguir aumentar as suas chances de sucesso, mas também de entregar mais valor à companhia, sendo mais produtiva. Em suma, o assessment traça um comparativo entre o equilíbrio intelectual e as habilidades técnicas.

Análise de prontidão e potencial

Na análise de prontidão e potencial, o olhar se volta para o futuro. Nessa metodologia, é avaliada a capacidade de um colaborador interpretar habilmente as complexidades e desafios do momento atual e futuro. Diante disso, a perspectiva de atuação no contexto que ainda virá é ampliada.

Assim, é possível entender a capacidade de atuação de um profissional mesmo em ambientes de maior complexidade, tensão ou desafio. Por exemplo, quando um colaborador é avaliado e tem os requisitos esperados pela organização, ela pode definir a ocupação de cargos de liderança.

Entre os atributos que precisam ser identificados, estão:

  • conhecimento acumulado ao longo do tempo;
  • determinação;
  • disposição;
  • engajamento;
  • diferenciação;
  • trânsito entre os diferentes níveis profissionais;
  • Grit e Couping.

Quais os usos do assessment e os cuidados na seleção e desenvolvimento de colaboradores?

Desde a criação do assessment, a técnica se tornou vital para as práticas de RH. Afinal, quando as competências foram introduzidas, a utilização delas nas avaliações se tornou imperativa. Sendo assim, o assessment pode ser aplicado em diferentes situações por consultores de RH.

Por exemplo, a técnica pode ser utilizada na melhoria de processos cotidianos e do ambiente de trabalho, garantindo maior produtividade. Além disso, também serve como ponte para a melhoria do clima entre gestores e colaboradores, aumentando o engajamento do time.

No entanto, um dos principais impactos do assessment está ligado ao seu uso no processo de recrutamento, seleção, identificação e indicação de talentos. Por meio dele, é possível ter acesso a dados que apontam tendências de comportamento, desempenho, prontidão e potencial dos atuais colaboradores, mas também daqueles profissionais que estão pleiteando uma posição no negócio e se encontram mais alinhados ao perfil corporativo.

Ou seja, o trabalho atinge um nível que vai muito além da simples análise de currículo. Um assessment organizacional, por exemplo, identifica traços da liderança e suas influências no espaço organizacional.

No caso da aplicação do assessment por meio de consultores, a organização consegue ter uma visão minuciosa da prontidão e do potencial colaborador, oferecendo a ele o conhecimento sobre seus pontos fortes e aqueles com oportunidade de desenvolvimento e o que ele precisa fazer para garantir o uso pleno do seu potencial. Ou seja, é oferecida uma base para que o profissional tenha as competências necessárias alinhadas às posições futuras que ocupará.

O uso da técnica de coping e grit

O coping diz respeito às estratégias usadas para que cada profissional aprenda a lidar com a tensão crescente e/ou excessiva no ambiente de trabalho. No caso da seleção de profissional, a consultoria pode trabalhar com aplicação de casos reais e práticos que simulem a realidade da função na organização, a fim de transformar a tensão na resolução de questões complexas e obtenção de resultados diferenciados.

Já o grit mede o grau de determinação e tolerância a uma situação de alta tensão ou frustrante. A proposta de utilizar a técnica na contratação é mudar o mindset do futuro colaborador, a fim de que as dificuldades se tornem oportunidades que o farão crescer.

A contratação precisa considerar ambos os conceitos, a fim de que o profissional com esses atributos seja mais seguro, produtivo e se torne protagonista na execução de seus propósitos e da organização. O resultado não poderia ser outro senão o alcance de metas e objetivos melhores, mesmo em contextos impossíveis de prever.

O assessment é uma técnica positiva tanto para o profissional quanto para o negócio que o aplica. Afinal, permite que os colaboradores conheçam sua prontidão e espaços de uso do potencial, permitindo que passem a ser protagonistas de suas carreiras, se desenvolvendo e trabalhando em resultados comuns, deste e da organização, pois ambos precisam desafiar-se e evoluir constantemente em vista do mercado competitivo.

Se você deseja saber mais sobre essa técnica e se aperfeiçoar, entre em contato conosco!

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