Liderança

Qual é o estilo de liderança esperado para o futuro?

22/10/2018

As mudanças pelas quais as organizações contemporâneas têm passado impactaram positivamente os estilos de liderança, modificando a perspectiva sobre o perfil de profissionais, gestores e executivos.

Se no passado as posições à frente do time respondiam apenas por atitudes autoritárias e diretivas, procedimentos, funções específicas e com um pensamento concreto, o novo cenário contempla uma nova estratégica de influência simbólica da liderança, sua legitimidade, capacidade de absorver transformações atinentes ao trabalho e flexibilidade.

Os estilos de liderança passam cada vez mais a estar centrados nas circunstâncias e na elaboração de soluções com base em seus contextos. Desse modo, o pensamento analítico é requerido para decisões de crescente complexidade e abstração, sendo imprescindível a flexibilidade e a alta capacidade de absorção de novas habilidades e visões para lidar com o mercado em transformação.

Veja, neste artigo, qual é a visão de liderança esperada para os próximos cenários e contextos, sabendo qual estilo deve ser desenvolvido para a efetividade das organizações. Boa leitura!

Principais tendências nos estilos de liderança

As posições gerenciais ocupavam lugares com uma hierarquia definida dentro das organizações, privilegiando a experiência, as habilidades específicas profissionais e os méritos por ações realizadas anteriormente.

Este perfil foi, aos poucos, sendo substituído por uma tendência comprometida com ações colaborativas, desenvolvendo a capacidade de articulação e de adaptação a cenários que passaram por rupturas cada vez mais frequentes.

Assim sendo, as habilidades de liderança estavam focadas na estabilidade do cenário e do comportamento do time. O crescimento antes era regulado pela função e tempo de casa e hoje foca na aptidão para reconhecer oportunidades e situações de risco não contempladas no “planejamento”.

Principais estilos de liderança para atuação no cenário atual

Autoritário

No sentido de exercício da autoridade. Esse estilo é requerido em organizações que necessitam de modelos de excelência operacional, a autoridade é bem colocada em situações críticas, de alto risco e um time imaturo. É apropriado para quando a norma deve ser empregada para desencadear as atividades ou quando há um time jovem sem experiência em funções operacionais.

Diretivo

No sentido de dar direção. No estilo diretivo a elaboração de metas e objetivos deve ser feita por um líder que indica a direção, o norte, orientando os colaboradores quanto às ações, prazos, metas e objetivos. O líder diretivo cria um ambiente de clareza de propósito, estimula ações coordenadas com sentido e direção definidos, objetivando o atingimento de metas.

Democrático

O estilo democrático se propõe a envolver e dar voz à cada membro do time, indiferentemente da posição, função ou área de atuação. É apropriado especialmente para situações do cotidiano, envolvendo profissionais nas decisões e corresponsabilidade da construção conjunta.

Em situações críticas, pode ser adotado quando de um time maduro e sênior, em que as entregas são conhecidas e os profissionais são capazes de discutir e adotar ações comuns.

Afetivo

Com foco nos desenvolvimentos individuais, o estilo afetivo é orientado à gestão de cada pessoa em particular. Prevalecendo o reconhecimento de talentos e os programas de crescimento, nesse estilo são aderidos o coaching, mentoria e outros métodos mais específicos que se propõem a lidar com anseios e negociação de expectativas mútuas, sem receito e com completa cumplicidade entre líder e liderados. O estilo afetivo valoriza as práticas de orientação e desenvolvimento individuais, também denominadas de developmental reliationship practices – dyatic aproached.

Articulador

De grande adaptabilidade, o estilo articulador aposta no diálogo e na interlocução, influência, persuasão e negociação para inserir novos métodos, projetos e parcerias. De olho no futuro, o articulador está em constante movimento, trazendo ações de desenvolvimento que intensificam os processos de crescimento da organização.

O estilo articulador pode ser definido como a fronteira entre o líder tradicional, o contemporâneo e o futuro líder. Tal afirmação é passível de ser feita à luz da capacidade de o líder representar seu time em espaços e situações aos quais o time não tem acesso e que determinam o seu sucesso em estar à frente de projetos de maior complexidade, orçamento e prioridade estratégica. 

Por conseguinte, o líder com um estilo articulador altamente desenvolvido passa a ser legitimado por pares e superiores, o que garante a ele maior trânsito nos diferentes espaços organizacionais. Quando dos momentos de reconhecimento, promoção, alocação em projetos especiais e de alta exposição, são os times de líderes de alta articulação os mais beneficiados.

Do contrário, um líder sem articulação tem seus espaços reduzidos, projetos de baixa significância e orçamentos limitados. Nos momentos de reconhecimento, sua área deixa de ser beneficiada, perdendo credibilidade superior nos lugares onde o time envolvido não pode ter acesso. Portanto, tais lugares podem questionar a representatividade do líder e sua permanência à frente daquele time ou setor.

Distribuições de estilos dentro da organização

Em um ambiente organizacional contemporâneo, todo líder deve dominar pelo menos de 4 a 6 estilos de liderança em nível superior. Esses estilos serão demandados conforme a situação e maturidade do time, do projeto ou do setor. O domínio do conjunto de estilos é o diferencial para concorrer aos desafios e reconhecer os momentos oportunos para a adoção de cada um deles.

O principal desafio dos líderes e potenciais líderes, de acordo com as futuras exigências do mercado, é o estilo articulador, pois exige um conjunto de softskills ou comportamentos sociais para viabilizar a legitimidade com o time e pares, e não mais exclusivamente com o superior. Com grande influência, persuasão e negociação com seus locutores, a liderança articuladora produz alta relevância e efeitos na estratégia da organização.

Para garantir seu desenvolvimento e presença no cotidiano organizacional, ações de consciência e desenvolvimento devem ser adotadas para os atuais e futuros líderes.

A constante análise, leitura e observação dos movimentos do contexto são determinantes para antecipar as necessidades e futuras demandas das organizações de seus gestores e executivos. Do contrário, estarão dependentes de ações reativas, comprometendo o engajamento, envolvimento e transformações antecipadas as consequências do mercado. Liderar deixa de ser entregar o resultado e passa a ser oferecer recursos e condições para o que time entregue.

Você sabe o que faz um chefe e o que faz um líder? Confira este artigo para tirar todas as suas dúvidas!

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