Liderança

Inteligência emocional para líderes: como desenvolver?

12/12/2018

A inteligência emocional trata-se de uma ampla compreensão da própria sensibilidade, entendida como a capacidade para gerenciar a manifestação dos sentimentos. Ela é ativada quando, em situação de pressão ou estresse, líderes reagem de modo a transformar suas emoções em ações propositivas. Para isso, eles usam mecanismos comportamentais que conduzem as emoções positivamente, minimizando disrupturas e surtindo efeito no time.

As posições de grande complexidade sofrem mais o peso das decisões. Afinal, seus ocupantes são responsáveis pelo relacionamento entre os colaboradores (subordinados, superiores, parceiros, clientes ou fornecedores). Nesse sentido, a sensibilidade individual repercute na atividade profissional, de forma que a inteligência emocional é essencial para reunir competências pessoais (softskills) em situações de tensão ou desafios.

Continue a leitura e entenda como funciona a inteligência emocional e qual é relação dela com o coping!

Quais são os pilares da inteligência emocional?

As competências pessoais são bem desenvolvidas sobre as bases da inteligência emocional, as quais integram as práticas de resiliência e a manutenção do potencial produtivo diante dos desafios e contextos complicados. A inteligência emocional é construída por meio de aspectos sensíveis. Veja, a seguir, alguns deles.

Autocontrole

Reações equivocadas e impulsivas geram constrangimento entre colaboradores, interferindo negativamente nos resultados deles. Os líderes que controlam suas reações, trabalham a flexibilidade ao seu favor, analisando as situações com comprometimento e estabelecendo um ambiente de respeito e crescimento pessoal e profissional.

Autoconsciência

Identificar em si os sinais de sentimentos que podem transformar-se em ações comprometedoras é um grande escudo para evitar reações impulsivas e inadequadas. Profissionais autoconscientes transmitem mais confiança e traduzem as emoções para respostas de coalizão e conciliação.

A autoconsciência depende também de habilidades e exercícios que podem fazer parte de programas de desenvolvimento voltados para a atuação dentro das organizações.

Engajamento

A inteligência emocional eleva os níveis de consonância, viabiliza a clareza e a explicitação dos contratos psicológicos, refletindo em entregas organizacionais de maior valor agregado por parte dos profissionais — o que aumenta a responsabilidade deles nas atividades que estão envolvidos.

Sabendo diferenciar o que é uma questão pessoal e discernindo sobre os efeitos de eventuais respostas às emoções, os colaboradores poderão observar o exemplo do líder  e adquirir a mesma habilidade.

Habilidades sociais

A inteligência emocional tem sua medida pela forma com que contribui na resolução racional dos problemas. O que e como comunicamos determina, em grande parte, a estabilidade no ambiente organizacional. A clareza e a compreensão constituem fatores de apoio para o desenvolvimento de projetos profissionais, e isso só é conseguido com autodomínio.

Principalmente em contextos de mudança, líderes e gerentes devem lançar mão de suas habilidades sociais para solucionar os conflitos objetivamente, trazendo tranquilidade e segurança para os times.

Empatia

A capacidade de se colocar no lugar dos outros e de trabalhar o perspectivismo dentro das discussões é um trabalho de empatia com os colaboradores. Ativá-la entre os membros de um mesmo time pode ser determinante para criar ambientes de autocrítica, cooperação e colaboração.

Como a inteligência emocional pode auxiliar líderes em uma organização?

Qualquer que seja a área de atuação, profissionais em posições de alta complexidade devem lidar com diferentes personalidades, articulando interlocutores com habilidades variadas e encarando contextos de transformações.

Ter uma consciência desenvolvida sobre as emoções faz parte da preparação para enfrentar desafios e manter relações saudáveis com pessoas diferentes — tudo isso sem deixar que a produtividade e a excelência dos resultados fiquem prejudicadas. Um líder inteligente emocionalmente gera um ambiente de menor estresse, maior solidariedade e melhor rendimento de times.

Como o estresse pode atrapalhar o ambiente organizacional?

Erros e falhas ocorrem quando as ações saem do controle e o indivíduo incorpora fatores externos de modo equivocado, ocasionando em incompreensão e desentendimentos.

Como o contexto atual é marcado por transições frequentes por parte da tecnologia, habilidades multidisciplinares e constante estado de formação, a tensão pode ser facilmente instalada em qualquer etapa de um processo.

Saber reverter quadros de risco e reestabelecer a segurança na consecução das atividades representa um benefício global para as organizações. Isso porque os profissionais com essa habilidade auxiliam com propriedade no desempenho desde tarefas básicas até a deliberação de resoluções.

Contudo, não só a inteligência emocional é capaz de influenciar na resolução de problemas ou atuar de maneira preventiva aos desafios contemporâneos. Com a resiliência, temos um quadro mais amplo e adequado a complexidade das relações contemporâneas. Além de lidar bem com as situações, é preciso garantir que o potencial do profissional esteja disponível em momentos mais críticos.

Dessa maneira, manter-se funcional requer um profissional que seja capaz de transcender suas decisões à luz das consequências de decisões ainda não tomadas em um futuro em transformação. Isso não é simples.

O que é coping?

Traduzido como estratégia de enfrentamento, o coping se refere às maneiras de reagir diante de processos de adversidade. O autocontrole associado à inteligência emocional e à resiliência em contextos de alto estresse funciona como um fator para amenizar impactos, sendo um agente de articulação na reconstrução de situações hostis.

O coping é um modo de proteção, caracterizado pela ação comportamental diante de eventos que necessitam de atenção e capacidade de regulação para agir proativamente. Ele é requerido, especialmente, nas posições que expõem os profissionais a alta tensão, complexidade e desafios, naturalmente associados à liderança.

O coping é desenvolvido a partir das experiências de cada indivíduo, podendo ser ampliado com atributos pessoais complementares, tais como o “grit”, traduzido como determinação, disposição ao risco, tolerância à frustração e coragem. Essa combinação favorece o reconhecimento de atributos pessoais para identificar estratégias utilizadas e promover o desenvolvimento dos times.

Quais os tipos de coping?

Para lidar adequadamente com as situações adversas, o coping combina a regulação da emoção com a resolução do problema. No campo de estudo comportamental, ele pode ser analisado diante desses dois pilares, lidando com as exigências internas e externas.

Coping emotivo

Está ligado à inteligência para controlar as manifestações de sensibilidade, não se deixando afetar impulsivamente pelos estímulos de adversidade. Nesse âmbito, o racionalização das emoções não é dotado de uma estratégia específica, mas da capacidade de identificar padrões de comportamento e reagir diante situações de risco.

Coping estratégico

Como nem só as emoções são suficientes para resolver os problemas, a capacitação do profissional em elaborar saídas e encaminhamentos propositivos dentro de um ambiente de tensão faz parte do coping. Mobilizar ferramentas, colaboradores e estratégias em busca de ações reparadoras faz parte do processo.

Coping passivo

Aqui, o agente trabalha no sentido de evitar o problema e reduzir todas as tensões em torno da situação. Nesse caso, as medidas podem ser preventivas — quando o profissional identifica o problema e interfere antes que ele possa causar mais impacto.

Coping ativo

Compreende a tentativa de tratar diretamente o episódio e resolvê-lo, movendo todas as medidas necessárias para isso. As habilidades e competências e atributos pessoais do profissional que vai gerenciar esse movimento são muito importantes para designar as ações com eficiência.

A inteligência emocional amplia as capacidades de liderança e as demais habilidades profissionais, sendo um trabalho que deve ser priorizado para estabelecer a formação dos colaboradores de uma organização.

O coping pode fazer parte do programa de desenvolvimento corporativo, trazendo para dentro do ambiente organizacional as discussões, simulações e exercícios que combinam fatores de comportamento essenciais para o bom desempenho das funções. Se você gostou deste conteúdo, não deixe de compartilhá-lo no Facebook

You Might Also Like

No Comments

Leave a Reply